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Estamos prontos para nossos clones digitais?

Para os entusiastas de IA, pode não ser tão novidade. Já faz alguns anos que estamos vendo early adopters criando versões digitais de si mesmos.

Se você ainda não viu nada parecido, não é porque não está no meio, é provavelmente porque não percebeu.

Eu lembro de um amigo que me enviou há uns 3 anos um vídeo dele fazendo um pitch do produto que ele vendia… em mandarim, idioma que ele não fala.

Era um clone quase perfeito.

Para quem estuda IA também já deve ter visto anúncios de infoprodutores comentando sobre a situação ou até mesmo empreendedores criando robôs vendedores que fazem ligações telefônicas em massa.

Mas essa semana, saiu uma matéria na Globo sobre o assunto. E isso tem o potencial de estourar um pouco mais a bolha. Querendo ou não, a TV aberta tem um potencial ainda bem relevante de levar atualidades a mais pessoas.

E nisso chega a hora de perguntar: Estamos prontos? Como vai ser? E se cada um de nós pudesse ter um clone digital para estar onde não podemos estar. Mas devemos estar onde não podemos estar? Devemos ser onipresentes?

A promessa da IA não é só a automação, é a multiplicação. Mas será que estar em todo lugar ao mesmo tempo não diminuiria nosso valor como humanos?

Pensei em algumas situações onde eu poderia usar um clone digital:

A grande ironia é que não seriam apenas meus clones na jogada. Do outro lado poderiam ser também os clones de colegas e amigos.

E nesse futuro maluco, estaríamos delegando todas as nossas interações para nossos clones e interagindo apenas com nós mesmos através de resumos.

Será que os clones digitais criariam uma nova forma de relacionamento? Teríamos pela frente um relacionamento artificial? Que não é mais human to human, mas AI to AI?

Que cenário distópico eu acabei de pensar…

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