Um prompt pronto não resolve o que você não entende

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Pergunta sincera: vocês realmente usam prompts do ChatGPT criados por outras pessoas?

Entrei nessa bolha há um tempo. E, mais ou menos a cada cinco posts no Linkedin ou Instagram, um é de alguém compartilhando um “prompt milagroso”.

Eu testei vários, especialmente relacionados a copywriting, e até já paguei por alguns. Nenhum funcionou como prometido e já perdi um bom tempo tentando ajustar o que claramente não foi feito para minha realidade.

Os únicos prompts que realmente me ajudam foram criados por mim, do zero.

E mesmo assim, todo dia eu mexo nele. Ajusto, afino, experimento. Não vejo sentido em compartilhar porque são todos muito específicos, construídos em cima da forma como eu penso, escrevo e trabalho. Ele não é de prateleira.

Isso me fez pensar que treinar uma inteligência artificial é como aprender algo novo. Você pode até pagar alguém pra te ensinar. Mas não dá pra pagar pra aprender no seu lugar.

É por isso que, mesmo que você compre um prompt, se não entender como ele foi pensado, treinado e ajustado, não vai saber como aproveita-lo ao máximo.

Tá, talvez ele seja tão específico que vai funcionar super bem para algo pontual, mas se 1.000 pessoas estão usando, você está sendo só mais um.

Deixando claro que não significa que prompts prontos são inúteis. Longe disso. Eles podem ser ótimos pontos de partida. É como um template de qualquer coisa, ajuda pra caramba.

Mas é preciso entender o mínimo da lógica por trás. Vai precisar saber para onde ir para saber qual caminho tomar.

Quando comecei a tocar violão, aos 14 anos, ganhei junto uma revistinha com cifras e tablaturas. E como quase todo mundo, a primeira música que aprendi foi Come As You Are, do Nirvana, e foi lendo a tablatura.

Meses depois, fui ensaiar com uma banda. No meio do ensaio, alguém falou que alguma música (não lembro qual exatamente) era em outro tom. E eu travei. Eu não sabia de que nota ele estava falando. Eu não sabia ouvir a música, só sabia ler a tablatura. Passei vergonha.

Na prática, eu tinha terceirizado meu aprendizado. Fui pelo caminho mais fácil, e isso atrasou meu desenvolvimento.

Fazendo mais um exercício de analogia aqui, é como sair correndo em velocidade máxima sem aquecer: no começo você vai estar mais rápido, mas vai pifar antes do fim.

Corta pra 2025: milhares de pessoas vendendo prompts prontos pro ChatGPT.

“Use agora, sem esforço.”
“Venda mais sem fazer reuniões.”
“Ganhe 100 horas de produtividade.”

Se fosse fácil assim, toda empresa estaria voando. Mas a gente sabe que não é bem assim.

Porque não dá pra confundir volume com produtividade.

Tem equipe achando que está super produtiva porque criou uma cadência de outbound com 48 touchpoints em dois minutos (mas e as vendas?), ou que está publicando 8 posts no blog por dia (mas e o tráfego?), ou que está gerando 127 anúncios por semana (mas e o ROI?).

Esse mercado de “vendas de prompts” parece estar bem lucrativo e tem gente faturando alto. Tem gerado muita fumaça, mas nem sempre onde há fumaça há fogo.
Às vezes é só uma máquina de gelo seco exalando conteúdo frio.


P.S.: Sim, eu usei IA pra me ajudar a editar este texto. Zero problema com este suporte, inclusive considero um caminho sem volta. Agora que eu já “tiro de ouvido”, não vejo problema em usar um afinador pra ter mais precisão.

Não são “apenas negócios”

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trecho a marca da vitoria

It’s just business.

Confesso que sempre me incomodei um pouco com essa frase, apesar de ser senso comum no mundo corporativo.

Até comentei em outro texto que a vida é negociação e eu sempre vi os negócios como parte da vida. Até porque não existe Ruptura no mundo real, né? Eu acho pelo menos…

E aí lendo o ótimo livro A marca da vitória: A autobiografia do criador da Nike, me deparei com esse trecho já no finalzinho da história.

Penso na frase “são apenas negócios”. Nunca são apenas negócios. Não deveriam ser. Caso se tornem apenas negócios, isso significa que os negócios vão mal. – Phil Knight

Algumas pessoas podem achar que é ingenuidade pensar assim. E essas pessoas têm todo esse direito. Não quero falar o que é certo ou errado, mas o que acho mais adequado. Tem gente que aceita as coisas como elas são. Mas só quem se incomoda e sonha faz a diferença (ficou meio coach isso, mas foi de coração, juro huahau).

Os melhores negócios são frutos de bons relacionamentos. Não é panelinha ou favoritismo, mas de entender que um bom negócio não tem que ser só lucrativo, mas também gerar valor e conexão entre as partes envolvidas.

Sem falar que a forma como você negocia hoje influencia diretamente no seu amanhã.

Um exemplo real que aconteceu comigo: negociei uma saída da e-Auditoria em janeiro, empresa onde passei dois anos liderando a área de marketing. Não estava mais me brilhando os olhos e eu sentia que não entregaria o que a empresa precisava.

Eu poderia continuar recebendo meu salário e entregando menos. Ou poderia sair de qualquer jeito. Mas não era só negócios, era um excelente relacionamento que eu tinha com a empresa. Foi preciso maturidade e coragem para reconhecer isso e abrir o jogo com transparência para a direção.

Negociamos a saída de um jeito que a empresa não perdesse resultado. Ótimo para eles, mas e para mim? Sem que eu pedisse, a própria direção me indicou para meus primeiros clientes como consultor (Valeu, Fred e Dayvson!).

Negocie sim e sempre. Mas nunca engane. E mais: nunca se engane!

Se você já trabalhou comigo e gostou das minhas entregas, me chama pra gente conversar. De repente eu consigo ajudar você na sua operação de marketing, vendas e receita.

Mas só aceito se não for apenas negócios, tem que ter muito valor envolvido. Dos dois lados!

Será que um dia marketing e vendas estarão naturalmente unidos?

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Digo, tão unidos e percorrendo o mesmo fluxo que esse pensamento separatista nem ser levado mais em consideração?

Minha primeira experiência em uma operação de marketing e vendas em startups foi em 2015. Na época, já falávamos sobre a importância desse alinhamento. Cito minha experiência, mas naturalmente isso começou bem antes da minha trajetória profissional.

Bom, 10 anos se passaram desde então e sempre que converso com algum colega consigo perceber que ainda há startups falhando nisso, entrando naquela guerra sem fim onde uma área joga a culpa na outra. Ou em um nível mais abstrato onde “putz o time de (marketing ou vendas) é complicado, eles não entendem xyz”.

Na verdade, escrevendo isso agora estou me sentindo como se estivesse no passado. Só de falar que marketing e vendas precisam estar juntos sinto um cheiro de mofo por tão ultrapassado que é esse tema.

Mas e o pior é que não é, porque como estava escrevendo antes, isso acontece com muitas startups novas também. E startups novas que nascem com mofo vão demorar mais a florescer. Porque agora a questão já não é mais como integrar marketing e vendas. É como integrar marketing, vendas, CS, produto, financeiro, receita ou qualquer outra área adicional que exista na operação.

Não existe ter sucessor real sem ter um mínimo de orquestração. Ninguém quer ouvir uma banda fora do ritmo. Até mesmo um grupo de jazz faz sentido, mesmo não parecendo!

Ninguém ganha o jogo sozinho. E essa frase é ainda mais antiga do que tudo o que eu escrevi antes, porém segue sendo real e subutilizada em alguns cenários.

E é por isso que eu me pergunto: será que um dia marketing e vendas estarão naturalmente unidos? Digo, tão unidos que esse pensamento separatista nem ser levado mais em consideração?

Opa, parece que já me perguntei sobre isso antes…

Você precisa ser mais criativo do que isso se quiser vender mais

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O que será que aconteceu aqui?

  • 1) Processo mal automatizado que não considerou a resposta anterior (janela de 24h só)?
  • 2) Fluxos paralelos de automação se cruzaram e deu bug?
  • 3) Pressão comercial pra gerar oportunidades?

O mais curioso é que não teve nenhuma tentativa de contato não, ninguém dessa empresa me ligou como está escrito ali 😂 .

Sem expor ninguém aqui, apenas mostrando um exemplo de descuido. E sem julgar porque talvez eu entrasse em contato também, mas faria diferente. Poderia ser:

  • 1) Perguntar por que eu não completei o cadastro: pra entender se existem gargalos no fluxo
  • 2) Compartilhar uma história de sucesso ou prova social: pra talvez fazer eu mudar de ideia e pensar melhor
  • 3) Enviar um presente virtual ou um convite para um evento futuro: pra manter o contato aquecido e reforçar a presença da marca na minha mente
  • 4) Alguma outra ideia? Compartilhe aqui nos comentários!

Tudo isso pra dizer que há várias formas criativas de você se relacionar e ir além do “estou tentando contato com você”.

Olha, são dezenas de empresas que estão em nossos whatsapps todas as semanas, fica difícil dar atenção pra todas. Mas quem é criativo geralmente ganha a atenção e possivelmente fecha uma boa venda 😉

Reflexões sobre como a queda (ainda que temporária) do TikTok afeta as estratégias de marketing

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tiktok ban

Bom dia, boa tarde, boa noite! Como estão? Andei pensando numas coisas aqui, não necessariamente novas, mas de certa forma ainda atuais.

Contexto: Na madrugada do dia 19, o TikTok se tornou inacessível nos EUA, conforme era de se esperar. Mas pode mudar, já que Donald Trump comentou que “muito provavelmente” dará à rede social um prazo de 90 dias para encontrar uma solução.


Este é um tema que estou tratando para a próxima edição do The Update (com spoiler aqui, porque postei antes no Instagram pra aproveitar o timing). E como afeta diretamente o marketing, trago um trecho para compartilhar por aqui também.


“Não construa sua casa em terreno alugado”. Não sei quem falou isso, mas essa é uma grande verdade já difundida há décadas, especialmente no digital. Eu perdi as contas de quantas vezes já debati sobre isso com amigos, parceiros e clientes, especialmente na época de RD Station, onde a gente vendia essa tese dentro da metodologia do Inbound.

Mas vamos lá, justo ou não, quando você coloca todo o seu conteúdo em plataformas que não são suas, você fica refém das políticas delas (por mais que você não tenha lido, você aceitou os termos e condições) e de suas consequências.

Isso até lembra um caso famoso no Brasil, de uma influenciadora que gastou uma nota reformando um apartamento alugado. A proprietária do ap, ao ver a valorização, aumentou o preço do aluguel, o que forçou a inquilina a deixar o imóvel. Adeus, economias!

É pouco viável que as redes sociais não façam parte de uma estratégia de marketing. Pode não ser impossível, mas não ter presença em social media diminui as oportunidades. Porém, a única forma de se proteger de algoritmos que você não comanda e de decisões políticas além do seu controle, ainda é tendo a boa e velha combinação de: site próprio + lista de emails.

Porque todos os anos os gurus tentam matar o email marketing e o SEO empurrando táticas rasas e milagrosas que nada mais são do que fogo de palha.

Alguns fundamentos não mudam, certo?

Valeu, bora domingar agora. Até a próxima!