Meu Rio Grande do Sul está pedindo ajuda

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Foto: Gilvan Rocha / Agência Brasil

Sim, faz um tempo que não apareço aqui. Mas preciso aproveitar esse espaço pra falar da maior tragédia dos últimos anos.

Apesar de eu viver em Florianópolis, sou gaúcho e lá passei a maior parte da vida. Morei no RS durante 27 anos e mesmo tendo saído, estou sempre lá. O único período em que fiquei mais de 3 meses sem visitar o RS foi durante a pandemia, justificável.

Praticamente toda a minha família e a maior parte dos meus amigos estão no RS, alguns em áreas afetadas, alguns não. E duas das inúmeras cidades em que morei estão debaixo d’água: Porto Alegre e São Jerônimo. Me parte o coração. Mas me parte o coração todas as outras cidades também, que posso não ter morado, mas que em algum momento passei por lá. Por estradas que não existem mais. Por negócios que não existem mais. Por cidades que não existem mais. Por vidas que não existem mais.

Este texto é mais um pedido de ajuda para meu Estado. Para as famílias das vítimas, para as pessoas desabrigadas, para os negócios destruídos. Seja financeira ou voluntária, toda ajuda fará diferença!

Acho que vocês já viram muito o que aconteceu e eu não vou ficar repetindo o passado, mas falando de futuro a previsão do tempo para os próximos dias e semanas não é muito boa para nós, gaúchos.

Está previsto ainda mais chuva e agora também uma frente fria. Só imaginem o cenário: frio de 5 graus em um Estado onde mais de 160 mil pessoas estão sem moradia (vivendo em casas de parentes e amigos) e 50 mil pessoas em abrigos (vivendo graças a doações do povo gaúcho e brasileiro).

O nível da água dos rios está descendo muito lentamente. O Guaíba, por exemplo, até estabilizou, mas até ontem (07/05) ainda estava 5,2 metros acima. Alguns especialistas estimam que só vai normalizar no fim de maio.

O número de pessoas mortas já está em 95, mas com 131 desaparecidos, esse triste número chegará em breve aos 3 dígitos.

Espero que você, que me acompanha, tenha se sensibilizado já e feito algo pra ajudar. Há muitas maneiras, você pode doar dinheiro, doar itens de necessidade básica, ser voluntário em locais de coleta ou até mesmo espalhando a corrente, compartilhando com sua rede o que está acontecendo.

E o mais importante: doe sem querer nada em troca. Doe proporcionalmente ao quanto você ganha ou tem. A vida foi bondosa com você que não foi afetado pela tragédia. Por mais que tenha sido mérito seu, você teve sorte de não ter sua casa completamente inundada. Retribua pra quem precisa. Se você tem poucas condições, qualquer 5 ou 10 reais ajuda. Se você tem um salário de 5 dígitos, pode certamente ser mais generoso. Se você não tem renda, pode se voluntariar ou seguir compartilhando informações.

Se você não confia nas instituições que estão arrecadando dinheiro, pode ir ao mercado da sua cidade, comprar água, itens de higiene e despachar de graça pelos correios.

A campanha abaixo já tem mais de R$50 milhões arrecadados e os comprovantes e contas estão sendo prestadas pelos envolvidos. Grande parte do dinheiro já foi repassado para famílias atingidas. O Badin Colono está fazendo um trabalho incrível e publicando no Instagram tudo o que está sendo feito e doado.

Doe aqui: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/a-maior-campanha-solidaria-do-rs

Se você quiser, pode doar para outras organizações também. Saiba mais em: https://emergencia.paraquemdoar.com.br/

Tempos difíceis estamos. Mas da mesma forma como o Rio Grande do Sul se reergueu de outras enchentes, vai se reerguer dessa e se reconstruir.

O prejuízo vai chegar na casa dos bilhões. O impacto não é só no RS. Vai impactar a economia da sua cidade, mesmo que você more a 1.000 km de distância. Vai impactar o Brasil (já está impactando). E quanto mais você ajudar, mais rápido será a reconstrução do RS.

Força a todos os gaúchos!

Este ano foi difícil… mas existe ano fácil?

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Em dezembro é sempre aquela coisa. Muitas reflexões, muitos posts em redes sociais falando sobre as dificuldades enfrentadas ao longo do ano, das superações, de como foi duro chegar até aqui, mas que ano que vem será melhor. Enfim, todo ano é um ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro.

Há poucos dias assisti a mais um show de um dos meus ídolos, Paul McCartney. Foi a quarta vez, mas dessa vez foi diferente, foi a mais emocionante. Talvez porque eu tenha tido sim um ano difícil, onde tive que lidar com perdas na família, com problemas de saúde, com mudança profissional, com síndrome do impostor, com ansiedades e incertezas.

E ter assistido a esse espetáculo no fim do ano trouxe um sentimento de renovação. Principalmente por conta do inédito dueto de Paul com John Lennon, no telão, aproveitando toda a tecnologia que o século XXI nos proporciona.

E eu estou escrevendo isso na verdade só para parafrasear justamente essa dupla, que cantou sobre esse fim de ano há mais de 50 anos.

Everybody had a hard year

Everybody had a good time

Everybody had a wet dream

Everybody saw the sunshine

Todos tivemos anos difíceis, mas também podemos lembrar dos bons momentos que passamos, dos sonhos que sonhamos e da luz do sol que esse ano proporcionou.

E ter sido um ano difícil não significa que coisas boas não aconteceram. Você pode fazer um esforço para tentar lembrar e agradecer por elas.

E além do mais, superar as dificuldades é uma realização e tanto. All things must pass (ok, isso é de outro Beatle, mas impossível também não lembrar de George Harrison).

Conversas Sinceras

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🎵 Life is very short and there’s no time
For fussing and fighting, my friend.

Quando você é sincero, transparente e respeitoso com as pessoas, até as conversas difíceis ficam mais fáceis.

A maioria dos desentendimentos não são por diferenças de ideias, ainda que existam sim muitos casos assim, mas a maior parte disso é por pura falta de conversa.

Isso vale na família, em relacionamentos, no trabalho e entre amigos.

É mais provável você decepcionar alguém com o jogo escondido do que com a sinceridade, mesmo que ela não seja tão boa, mas que seja dita com respeito.

E você vai gastar muito mais energia quando esconde o jogo do que jogar aberto. Você pode se achar esperto quando esconde algo, mas está se destruindo sem saber.

Quem não conversa, não se entende. Quem não abre o jogo, perde sempre. E se achar que está ganhando assim, perde dobrado. Só talvez não tenha percebido ainda.

Sem tempo pra futricas, irmão. A vida é curta demais pra ficar de bode com o outro. Arrisca falar a verdade, vai, é bom demais. Só não vale perder o respeito.

10 coisas que mudei este ano na minha vida e estão fazendo meu ano ser diferente e melhor do que o anterior

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Uma lista completamente pessoal de coisas que estou fazendo pra mudar depois de um ano bastante complicado. Até agora tenho tido sucesso e gostaria de expressar e publicar aqui tudo o que está me fazendo bem:

  • 1. Parar de encaixar a vida no trabalho e começar a encaixar o trabalho na vida.
  • 2. Parar de buscar aprovação das pessoas, principalmente das que estão em uma frequência que eu não quero estar.
  • 3. Parar de aceitar todos os feedbacks e entender que nem sempre a pessoa do outro lado está certa.
  • 4. Parar com a autocobrança excessiva e reaprender a valorizar o que faço.
  • 5. Sair do vale da autossabotagem e recuperar a autoestima sem subir o morro da arrogância.
  • 6. Dedicar mais tempo para família e amigos. De verdade, não da boca pra fora.
  • 7. Dedicar mais tempo para cuidar da saúde física (academia, corrida e bike) e mental (meditação, terapias, música e lazer).
  • 8. Desconectar de verdade e não sentir culpa ao estar descansando.
  • 9. Recuperar a vontade de me expressar e de criar.
  • 10. Aceitar que eu não vou ser tudo, eu não vou ser todos, eu só vou conseguir ser eu e isso é a melhor coisa que poderei ser.

É isso, às vezes a gente entra numa espiral negativa e esquecemos de quem somos. Mas nunca é tarde pra recuperar a essência. Paz!

A vida é muito curta pra viver de fins de semana

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limonada

A vida é muito curta pra viver de fins de semana.

Você não precisa ter o trabalho dos sonhos (não é essa a pauta, isso talvez nem exista), mas precisa trabalhar, todos precisamos.

Então você pode trabalhar de mau humor ou tentar se divertir. Faça a sua escolha!

Você vai gastar energia de qualquer forma, então escolha como você quer gastá-la, já que a escolha de trabalhar ou não, não existe (ao menos para 99,9% das pessoas).

Pode ter certeza que a forma como você leva a semana impacta no fim dela. E vice-versa.

Não é sobre gostar mais ou menos do seu trabalho, é sobre ser realista. Se for limão, fazer uma limonada. Se for limonada, aproveitar cada gota.