“Todo mundo tem um plano até tomar o primeiro soco na cara”

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“Todo mundo tem um plano até tomar o primeiro soco na cara.”

Bom, frase manjada atribuída ao ícone Mike Tyson, mas que vale ainda muito e vale ainda mais nesses primeiros dias do ano pós-planejamento anual.

O post de hoje é também pra perguntar: já levou um soco na cara do seu planejamento para 2025?

No início da minha carreira eu reclamava mais internamente, porque o primeiro soco desestabiliza e você tem que fazer um esforço pra levantar. Com o passar dos anos fui entendo que executar um plano de marketing, tal como uma luta, não é só bater/fazer, é também saber se esquivar e contra-atacar.

Aproveitando a temática, lembro também de outro ícone do boxe:

“Não é só quanto você bate, mas o quanto você consegue apanhar”- Rocky Balboa

Veio um cruzado de corte de orçamento? Em absolutamente todos os lugares que passei isso aconteceu, então mova-se para o lado e puxe o plano B da manga. Uma pessoa importante deixou o time? É parte do seu trabalho achar uma substituição. Houve erro no planejamento? Que bom que você descobriu ainda em janeiro, melhor do que mudar só depois do carnaval.

Não me entendam errado, mas sim, planejar não é o mais complicado. O mais difícil é adequar o planejamento às mudanças não previstas. E elas acontecem. O mundo é imprevisível demais. Sempre foi e sempre vai ser.

Você pode não controlar a situação, mas pode controlar a sua reação à situação.

Desejo uma boa recuperação para quem já tomou uns tapas do mercado após planejamento. Minha dica: aguenta firme que hoje é só dia 10 de janeiro 😅. 

The Update: meu novo projeto está no ar

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E ai, pessoal! Passando pra contar que coloquei em prática uma outra ideia que estava adormecida aqui nos últimos tempos e convidar vocês para conhecerem.

Este ano eu quero estudar, me atualizar e compartilhar mais. E a melhor forma que eu encontrei para isso foi criar mais uma newsletter, que estou chamando de: The Update.

A newsletter vai ser sobre temas que são muito importantes para o meu trabalho e a minha vida. E talvez possa ser para sua também, quem sabe? A ideia aqui vai ser trazer algumas atualizações e discussões em:

  • Marketing (porque é minha profissão)
  • Tecnologia (porque não tem como eu viver sem)
  • Entretenimento (porque se divertir é importante também)

Espero publicar os Updates semanalmente. Vou escolher sempre atualizações relevantes sobre estes 3 temas e dar umas comentadas.

Deixei a primeira no ar hoje cedo, que tal dar uma olhada? Só acessar em: theupdate.com.br.

E sobre os textos aqui do blog pessoal: vou continuar sim, mas vocês sabem que não tenho muita pressa. E a pauta é diferente também, aqui vou continuar sem muito imediatismo, mas ainda vou seguir com tempo para escrever sobre assuntos mais atemporais.

Obrigado e um ótimo 2025 pra nós!

Minha maior lembrança de Ayrton Senna

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Essa aqui é para os 35+. Qual a sua maior lembrança de Ayrton Senna?

Alguns de vocês vão pensar nos títulos, outros em vitórias inesquecíveis, e talvez os mais novos vão pensar já no Senninha.

A minha resposta é um pouco diferente. A minha primeira lembrança do Ayrton Senna não está diretamente ligada a ele, mas ao meu pai. E só percebi isso de verdade após assistir à série do Senna, na Netflix, que me desbloqueou várias memórias da infância que estavam escondidas.

Eu tinha 6 anos quando Senna passou reto na curva Tamburello e não voltou mais. E eu tinha 3 ou 4 anos a última vez que foi campeão. Não lembro de nenhuma corrida do Senna, eu era muito criança, só alguns pequenos fragmentos na memória já distante. Mas eu lembro de uma frase, de uma voz, de um grito de emoção.

“Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil!”.

Mas não falo do Galvão Bueno. Falo do meu pai, que assim como milhões de brasileiros, assistia às corridas aos domingos e vibrava com as vitórias, repercutindo o grito que marcou uma geração.

Meu pai, esse texto é pra você. Assim como Senna foi muito ligado a seu pai, quero eu continuar sempre muito ligado a você também. E eu também lembro até hoje que ganhei um boné (aquele clássico do Nacional) e que você comprava pra mim as revistas em quadrinhos do Senninha – que foi uma das minhas primeiras leituras e abriu as portas inclusive pra minha profissão hoje.

Obrigado, Senna. Obrigado, Pai! Te vejo daqui uns dias, no Natal!

E pra você? Qual a sua maior lembrança de Ayrton Senna? E se ainda não assistiu à série: recomendo demais. Segura a emoção e vai!

Não faça seu público de palhaço nesta Black November

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Às vezes o marketing me deixa pistola.

Quase caí como um palhaço nesta Black November.

Era um anúncio de uma marca relativamente famosa de moda minimalista.

Era oferta + preço. A oferta era algo que me interessava. O preço estava em letras garrafais: R$99.

Achei interessante e cliquei, mas quando fui para o carrinho o preço subiu para mais de R$350.

Não entendi. Voltei no anúncio.

Em letras garrafais ainda estava lá o R$ 99. Mas em letras miúdas um “off” abaixo do número.

Eu aposto que este anunciante está arrebentando nas taxas de cliques e está achando que a campanha está sendo um sucesso.

E aposto também que a taxa de abandono de carrinho não está das menores.

Por mais que o desconto ainda seja atrativo, o sentimento de frustração tomou conta. Toda compra é emocional e eu não vou conseguir comprar nada de uma marca que tentou me enganar.

Não faça seu público de palhaço, ele é o que você tem de mais valioso. Um dia a conta chega, para o bem ou para o mal.

A surpresa é uma bela certeza

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Eu e minha esposa criamos um ritual. No dia do nosso casamento, colocamos dentro de uma caixa uma garrafa de vinho e uma carta ao futuro escrita por cada um de nós para ser aberta em 3 anos. Sem espiadinha, abrir só em 3 anos mesmo!

O combinado é que isso se repita nos próximos triênios e esse ano foi o primeiro em que abrimos a caixa. Na hora de abrir, pensei: “Puts, eu não lembro de nada que escrevi”. E aí bateu aquele preocupante questionamento de “Puts, será que conquistei o que queria? Será que fiquei pra trás?”.

A real é que foi bem esquisito e bem engraçado ler as nossas previsões. Teve tanta coisa que não aconteceu, tanta coisa que hoje pareceria inviável ou até mesmo que não faria sentido pra hoje. Teve até coisas que eu não gostaria de estar fazendo (Eu escrevi que teria mudado de cidade, por exemplo, sendo que hoje não consigo imaginar nenhum lugar melhor pra viver que não seja Floripa).

Choramos de rir nas duas cartas. Mas depois de ler as previsões nós começamos a lembrar de tudo de incrível que aconteceu e que não estava escrito.

E a gente sentiu que foi muito divertido errar. E depois sentimos que foi emocionante olhar pra trás e abraçar as surpresas que aconteceram.

Às vezes a gente quer ter controle sobre nosso futuro, mas existem tantas variáveis que não existe “controlar tudo”. Muitas vezes vão surgir oportunidades surpreendentes em nossos caminhos, e eu particularmente acho que essas são as melhores.

Alcançar o que a gente sonha pode ser bom. Mas, pra mim, melhor ainda é alcançar o que jamais imaginei. Justamente por isso eu sinto mais impacto quando “nem nos meus maiores sonhos eu imaginei” do que quando “sempre sonhei com isso”.

Ritual feito, escrevemos novamente como imaginamos que serão as nossas vidas daqui a 3 anos. Já aceitamos que vamos errar algumas coisas e que bom que isso vai acontecer. Aproveitar a jornada, não é?

Se você me perguntar se sei onde quero chegar, vou responder que “Sim, eu sei onde quero chegar, mas sei também que não é somente lá que eu quero estar”. Porque eu quero que nem nos meus maiores sonhos eu tenha conseguido imaginar tamanhas realizações. E olha que eu sonho muito!

É muito bom estar certo. Mas se surpreender (positivamente) é melhor!

Ah, e antes que você pergunte aqui. Sim, o vinho guardado durante 3 anos estava sensacional 🍷.