Textos curtos

Não são “apenas negócios”

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trecho a marca da vitoria

It’s just business.

Confesso que sempre me incomodei um pouco com essa frase, apesar de ser senso comum no mundo corporativo.

Até comentei em outro texto que a vida é negociação e eu sempre vi os negócios como parte da vida. Até porque não existe Ruptura no mundo real, né? Eu acho pelo menos…

E aí lendo o ótimo livro A marca da vitória: A autobiografia do criador da Nike, me deparei com esse trecho já no finalzinho da história.

Penso na frase “são apenas negócios”. Nunca são apenas negócios. Não deveriam ser. Caso se tornem apenas negócios, isso significa que os negócios vão mal. – Phil Knight

Algumas pessoas podem achar que é ingenuidade pensar assim. E essas pessoas têm todo esse direito. Não quero falar o que é certo ou errado, mas o que acho mais adequado. Tem gente que aceita as coisas como elas são. Mas só quem se incomoda e sonha faz a diferença (ficou meio coach isso, mas foi de coração, juro huahau).

Os melhores negócios são frutos de bons relacionamentos. Não é panelinha ou favoritismo, mas de entender que um bom negócio não tem que ser só lucrativo, mas também gerar valor e conexão entre as partes envolvidas.

Sem falar que a forma como você negocia hoje influencia diretamente no seu amanhã.

Um exemplo real que aconteceu comigo: negociei uma saída da e-Auditoria em janeiro, empresa onde passei dois anos liderando a área de marketing. Não estava mais me brilhando os olhos e eu sentia que não entregaria o que a empresa precisava.

Eu poderia continuar recebendo meu salário e entregando menos. Ou poderia sair de qualquer jeito. Mas não era só negócios, era um excelente relacionamento que eu tinha com a empresa. Foi preciso maturidade e coragem para reconhecer isso e abrir o jogo com transparência para a direção.

Negociamos a saída de um jeito que a empresa não perdesse resultado. Ótimo para eles, mas e para mim? Sem que eu pedisse, a própria direção me indicou para meus primeiros clientes como consultor (Valeu, Fred e Dayvson!).

Negocie sim e sempre. Mas nunca engane. E mais: nunca se engane!

Se você já trabalhou comigo e gostou das minhas entregas, me chama pra gente conversar. De repente eu consigo ajudar você na sua operação de marketing, vendas e receita.

Mas só aceito se não for apenas negócios, tem que ter muito valor envolvido. Dos dois lados!

Escolher

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Photo by Kyle Glenn on Unsplash

Escolher é deixar outras opções para trás. É priorizar.

Isso vale para uma decisão profissional de carreira, para uma estratégia de negócios, para a escolha de um título para seu artigo e coisas do tipo.

E sabe qual é a melhor decisão de todas? É sempre a que você toma.

Por que não existe o “se”.

“Se eu tivesse escolhido outra profissão”.

“Se eu tivesses optado por outra estratégia”.

“Se eu tivesse usado outra palavra no título de um texto”.

Todas essas hipóteses têm algo em comum. Elas não existiram. E se não existiram você não sabe se teriam sido uma melhor decisão.

Reflexões sobre como a queda (ainda que temporária) do TikTok afeta as estratégias de marketing

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tiktok ban

Bom dia, boa tarde, boa noite! Como estão? Andei pensando numas coisas aqui, não necessariamente novas, mas de certa forma ainda atuais.

Contexto: Na madrugada do dia 19, o TikTok se tornou inacessível nos EUA, conforme era de se esperar. Mas pode mudar, já que Donald Trump comentou que “muito provavelmente” dará à rede social um prazo de 90 dias para encontrar uma solução.


Este é um tema que estou tratando para a próxima edição do The Update (com spoiler aqui, porque postei antes no Instagram pra aproveitar o timing). E como afeta diretamente o marketing, trago um trecho para compartilhar por aqui também.


“Não construa sua casa em terreno alugado”. Não sei quem falou isso, mas essa é uma grande verdade já difundida há décadas, especialmente no digital. Eu perdi as contas de quantas vezes já debati sobre isso com amigos, parceiros e clientes, especialmente na época de RD Station, onde a gente vendia essa tese dentro da metodologia do Inbound.

Mas vamos lá, justo ou não, quando você coloca todo o seu conteúdo em plataformas que não são suas, você fica refém das políticas delas (por mais que você não tenha lido, você aceitou os termos e condições) e de suas consequências.

Isso até lembra um caso famoso no Brasil, de uma influenciadora que gastou uma nota reformando um apartamento alugado. A proprietária do ap, ao ver a valorização, aumentou o preço do aluguel, o que forçou a inquilina a deixar o imóvel. Adeus, economias!

É pouco viável que as redes sociais não façam parte de uma estratégia de marketing. Pode não ser impossível, mas não ter presença em social media diminui as oportunidades. Porém, a única forma de se proteger de algoritmos que você não comanda e de decisões políticas além do seu controle, ainda é tendo a boa e velha combinação de: site próprio + lista de emails.

Porque todos os anos os gurus tentam matar o email marketing e o SEO empurrando táticas rasas e milagrosas que nada mais são do que fogo de palha.

Alguns fundamentos não mudam, certo?

Valeu, bora domingar agora. Até a próxima!

Será que um dia marketing e vendas estarão naturalmente unidos?

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Digo, tão unidos e percorrendo o mesmo fluxo que esse pensamento separatista nem ser levado mais em consideração?

Minha primeira experiência em uma operação de marketing e vendas em startups foi em 2015. Na época, já falávamos sobre a importância desse alinhamento. Cito minha experiência, mas naturalmente isso começou bem antes da minha trajetória profissional.

Bom, 10 anos se passaram desde então e sempre que converso com algum colega consigo perceber que ainda há startups falhando nisso, entrando naquela guerra sem fim onde uma área joga a culpa na outra. Ou em um nível mais abstrato onde “putz o time de (marketing ou vendas) é complicado, eles não entendem xyz”.

Na verdade, escrevendo isso agora estou me sentindo como se estivesse no passado. Só de falar que marketing e vendas precisam estar juntos sinto um cheiro de mofo por tão ultrapassado que é esse tema.

Mas e o pior é que não é, porque como estava escrevendo antes, isso acontece com muitas startups novas também. E startups novas que nascem com mofo vão demorar mais a florescer. Porque agora a questão já não é mais como integrar marketing e vendas. É como integrar marketing, vendas, CS, produto, financeiro, receita ou qualquer outra área adicional que exista na operação.

Não existe ter sucessor real sem ter um mínimo de orquestração. Ninguém quer ouvir uma banda fora do ritmo. Até mesmo um grupo de jazz faz sentido, mesmo não parecendo!

Ninguém ganha o jogo sozinho. E essa frase é ainda mais antiga do que tudo o que eu escrevi antes, porém segue sendo real e subutilizada em alguns cenários.

E é por isso que eu me pergunto: será que um dia marketing e vendas estarão naturalmente unidos? Digo, tão unidos que esse pensamento separatista nem ser levado mais em consideração?

Opa, parece que já me perguntei sobre isso antes…

Este ano foi difícil… mas existe ano fácil?

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Em dezembro é sempre aquela coisa. Muitas reflexões, muitos posts em redes sociais falando sobre as dificuldades enfrentadas ao longo do ano, das superações, de como foi duro chegar até aqui, mas que ano que vem será melhor. Enfim, todo ano é um ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro.

Há poucos dias assisti a mais um show de um dos meus ídolos, Paul McCartney. Foi a quarta vez, mas dessa vez foi diferente, foi a mais emocionante. Talvez porque eu tenha tido sim um ano difícil, onde tive que lidar com perdas na família, com problemas de saúde, com mudança profissional, com síndrome do impostor, com ansiedades e incertezas.

E ter assistido a esse espetáculo no fim do ano trouxe um sentimento de renovação. Principalmente por conta do inédito dueto de Paul com John Lennon, no telão, aproveitando toda a tecnologia que o século XXI nos proporciona.

E eu estou escrevendo isso na verdade só para parafrasear justamente essa dupla, que cantou sobre esse fim de ano há mais de 50 anos.

Everybody had a hard year

Everybody had a good time

Everybody had a wet dream

Everybody saw the sunshine

Todos tivemos anos difíceis, mas também podemos lembrar dos bons momentos que passamos, dos sonhos que sonhamos e da luz do sol que esse ano proporcionou.

E ter sido um ano difícil não significa que coisas boas não aconteceram. Você pode fazer um esforço para tentar lembrar e agradecer por elas.

E além do mais, superar as dificuldades é uma realização e tanto. All things must pass (ok, isso é de outro Beatle, mas impossível também não lembrar de George Harrison).