Textos curtos

Reflexões sobre como a queda (ainda que temporária) do TikTok afeta as estratégias de marketing

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tiktok ban

Bom dia, boa tarde, boa noite! Como estão? Andei pensando numas coisas aqui, não necessariamente novas, mas de certa forma ainda atuais.

Contexto: Na madrugada do dia 19, o TikTok se tornou inacessível nos EUA, conforme era de se esperar. Mas pode mudar, já que Donald Trump comentou que “muito provavelmente” dará à rede social um prazo de 90 dias para encontrar uma solução.


Este é um tema que estou tratando para a próxima edição do The Update (com spoiler aqui, porque postei antes no Instagram pra aproveitar o timing). E como afeta diretamente o marketing, trago um trecho para compartilhar por aqui também.


“Não construa sua casa em terreno alugado”. Não sei quem falou isso, mas essa é uma grande verdade já difundida há décadas, especialmente no digital. Eu perdi as contas de quantas vezes já debati sobre isso com amigos, parceiros e clientes, especialmente na época de RD Station, onde a gente vendia essa tese dentro da metodologia do Inbound.

Mas vamos lá, justo ou não, quando você coloca todo o seu conteúdo em plataformas que não são suas, você fica refém das políticas delas (por mais que você não tenha lido, você aceitou os termos e condições) e de suas consequências.

Isso até lembra um caso famoso no Brasil, de uma influenciadora que gastou uma nota reformando um apartamento alugado. A proprietária do ap, ao ver a valorização, aumentou o preço do aluguel, o que forçou a inquilina a deixar o imóvel. Adeus, economias!

É pouco viável que as redes sociais não façam parte de uma estratégia de marketing. Pode não ser impossível, mas não ter presença em social media diminui as oportunidades. Porém, a única forma de se proteger de algoritmos que você não comanda e de decisões políticas além do seu controle, ainda é tendo a boa e velha combinação de: site próprio + lista de emails.

Porque todos os anos os gurus tentam matar o email marketing e o SEO empurrando táticas rasas e milagrosas que nada mais são do que fogo de palha.

Alguns fundamentos não mudam, certo?

Valeu, bora domingar agora. Até a próxima!

“Todo mundo tem um plano até tomar o primeiro soco na cara”

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“Todo mundo tem um plano até tomar o primeiro soco na cara.”

Bom, frase manjada atribuída ao ícone Mike Tyson, mas que vale ainda muito e vale ainda mais nesses primeiros dias do ano pós-planejamento anual.

O post de hoje é também pra perguntar: já levou um soco na cara do seu planejamento para 2025?

No início da minha carreira eu reclamava mais internamente, porque o primeiro soco desestabiliza e você tem que fazer um esforço pra levantar. Com o passar dos anos fui entendo que executar um plano de marketing, tal como uma luta, não é só bater/fazer, é também saber se esquivar e contra-atacar.

Aproveitando a temática, lembro também de outro ícone do boxe:

“Não é só quanto você bate, mas o quanto você consegue apanhar”- Rocky Balboa

Veio um cruzado de corte de orçamento? Em absolutamente todos os lugares que passei isso aconteceu, então mova-se para o lado e puxe o plano B da manga. Uma pessoa importante deixou o time? É parte do seu trabalho achar uma substituição. Houve erro no planejamento? Que bom que você descobriu ainda em janeiro, melhor do que mudar só depois do carnaval.

Não me entendam errado, mas sim, planejar não é o mais complicado. O mais difícil é adequar o planejamento às mudanças não previstas. E elas acontecem. O mundo é imprevisível demais. Sempre foi e sempre vai ser.

Você pode não controlar a situação, mas pode controlar a sua reação à situação.

Desejo uma boa recuperação para quem já tomou uns tapas do mercado após planejamento. Minha dica: aguenta firme que hoje é só dia 10 de janeiro 😅. 

A surpresa é uma bela certeza

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Eu e minha esposa criamos um ritual. No dia do nosso casamento, colocamos dentro de uma caixa uma garrafa de vinho e uma carta ao futuro escrita por cada um de nós para ser aberta em 3 anos. Sem espiadinha, abrir só em 3 anos mesmo!

O combinado é que isso se repita nos próximos triênios e esse ano foi o primeiro em que abrimos a caixa. Na hora de abrir, pensei: “Puts, eu não lembro de nada que escrevi”. E aí bateu aquele preocupante questionamento de “Puts, será que conquistei o que queria? Será que fiquei pra trás?”.

A real é que foi bem esquisito e bem engraçado ler as nossas previsões. Teve tanta coisa que não aconteceu, tanta coisa que hoje pareceria inviável ou até mesmo que não faria sentido pra hoje. Teve até coisas que eu não gostaria de estar fazendo (Eu escrevi que teria mudado de cidade, por exemplo, sendo que hoje não consigo imaginar nenhum lugar melhor pra viver que não seja Floripa).

Choramos de rir nas duas cartas. Mas depois de ler as previsões nós começamos a lembrar de tudo de incrível que aconteceu e que não estava escrito.

E a gente sentiu que foi muito divertido errar. E depois sentimos que foi emocionante olhar pra trás e abraçar as surpresas que aconteceram.

Às vezes a gente quer ter controle sobre nosso futuro, mas existem tantas variáveis que não existe “controlar tudo”. Muitas vezes vão surgir oportunidades surpreendentes em nossos caminhos, e eu particularmente acho que essas são as melhores.

Alcançar o que a gente sonha pode ser bom. Mas, pra mim, melhor ainda é alcançar o que jamais imaginei. Justamente por isso eu sinto mais impacto quando “nem nos meus maiores sonhos eu imaginei” do que quando “sempre sonhei com isso”.

Ritual feito, escrevemos novamente como imaginamos que serão as nossas vidas daqui a 3 anos. Já aceitamos que vamos errar algumas coisas e que bom que isso vai acontecer. Aproveitar a jornada, não é?

Se você me perguntar se sei onde quero chegar, vou responder que “Sim, eu sei onde quero chegar, mas sei também que não é somente lá que eu quero estar”. Porque eu quero que nem nos meus maiores sonhos eu tenha conseguido imaginar tamanhas realizações. E olha que eu sonho muito!

É muito bom estar certo. Mas se surpreender (positivamente) é melhor!

Ah, e antes que você pergunte aqui. Sim, o vinho guardado durante 3 anos estava sensacional 🍷.

Este ano foi difícil… mas existe ano fácil?

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Em dezembro é sempre aquela coisa. Muitas reflexões, muitos posts em redes sociais falando sobre as dificuldades enfrentadas ao longo do ano, das superações, de como foi duro chegar até aqui, mas que ano que vem será melhor. Enfim, todo ano é um ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro.

Há poucos dias assisti a mais um show de um dos meus ídolos, Paul McCartney. Foi a quarta vez, mas dessa vez foi diferente, foi a mais emocionante. Talvez porque eu tenha tido sim um ano difícil, onde tive que lidar com perdas na família, com problemas de saúde, com mudança profissional, com síndrome do impostor, com ansiedades e incertezas.

E ter assistido a esse espetáculo no fim do ano trouxe um sentimento de renovação. Principalmente por conta do inédito dueto de Paul com John Lennon, no telão, aproveitando toda a tecnologia que o século XXI nos proporciona.

E eu estou escrevendo isso na verdade só para parafrasear justamente essa dupla, que cantou sobre esse fim de ano há mais de 50 anos.

Everybody had a hard year

Everybody had a good time

Everybody had a wet dream

Everybody saw the sunshine

Todos tivemos anos difíceis, mas também podemos lembrar dos bons momentos que passamos, dos sonhos que sonhamos e da luz do sol que esse ano proporcionou.

E ter sido um ano difícil não significa que coisas boas não aconteceram. Você pode fazer um esforço para tentar lembrar e agradecer por elas.

E além do mais, superar as dificuldades é uma realização e tanto. All things must pass (ok, isso é de outro Beatle, mas impossível também não lembrar de George Harrison).

Conversas Sinceras

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🎵 Life is very short and there’s no time
For fussing and fighting, my friend.

Quando você é sincero, transparente e respeitoso com as pessoas, até as conversas difíceis ficam mais fáceis.

A maioria dos desentendimentos não são por diferenças de ideias, ainda que existam sim muitos casos assim, mas a maior parte disso é por pura falta de conversa.

Isso vale na família, em relacionamentos, no trabalho e entre amigos.

É mais provável você decepcionar alguém com o jogo escondido do que com a sinceridade, mesmo que ela não seja tão boa, mas que seja dita com respeito.

E você vai gastar muito mais energia quando esconde o jogo do que jogar aberto. Você pode se achar esperto quando esconde algo, mas está se destruindo sem saber.

Quem não conversa, não se entende. Quem não abre o jogo, perde sempre. E se achar que está ganhando assim, perde dobrado. Só talvez não tenha percebido ainda.

Sem tempo pra futricas, irmão. A vida é curta demais pra ficar de bode com o outro. Arrisca falar a verdade, vai, é bom demais. Só não vale perder o respeito.